Continental. “Pneus verdes” uma realidade do presente


Data: 8 Julho, 2013

A Continental acredita que os “pneus verdes” são uma realidade de curto prazo, bastando para tal pnesra que os pneus actuais contêm 45% de matérias-primas renováveis.

Produzidos a partir de matérias-primas renováveis e contendo quantidades residuais de materiais fósseis, os “Pneus Verdes” são um sonho antigo para os produtores de pneus.

Os Químicos da Continental estão a trabalhar para tornar este sonho realidade. A equipa da Continental está já a substituir a utilização de óleos fósseis por biodiesel ou óleo de canola e polyester com seda para reforçar a carcaça do pneu. Ao mesmo tempo, a borracha natural e sintética está a ser substituída progressivamente por borracha reciclada de pneus velhos.

Na opinião de Boris Mergell, responsável pelo Departamento de Desenvolvimento de Materiais e Processos de Engenharia da Continental, ainda há um longo caminho a percorrer: “nem todo os materiais utilizados no processo de fabrico podem ser substituídos por materiais reciclados” explica. “Em muitos casos, estes materiais têm impacto negativo na performance de travagem ou na resistência ao rolamento – e aqui nós não abdicamos de nenhum parâmetro ou garantia de segurança. Também, a generalizada substituição de materiais fósseis por novas matérias-primas nem sempre é uma solução, uma vez que requer uma grande área de cultivo que pode ser usada na produção de comida”.

Boris Mergell revela ainda que na Continental os pneus produzidos para veículos ligeiros já contêm cerca de 45% de matérias-primas elaboradas à base de não óleos. “No que se refere aos materiais amigos do ambiente, os pneus são melhores do que a sua reputação”, esclarece o especialista.

Por exemplo, a extracção de borracha da planta dente-de-leão, representa um potencial substituto para a extracção de borracha a partir das árvores.

Uma vez que o dente-de-leão cresce nos campos de pousio na Europa, não terá que competir com a produção de alimentos, nem ter que percorrer longas distâncias para chegar às empresas produtoras de pneus. Ao mesmo tempo, o carbono preto pode ser substituído por ácido silício, explica Mergell. Desta forma 20% do peso de um pneu pode ser constituído por materiais naturais. Quer seja através de recursos renováveis quer pela reciclagem de plásticos e resinas que podem potencialmente ser usadas nos pneus.

“Será necessário ainda testar de diferentes formas os materiais e o nosso processo de produção para termos avanços significativos nesta matéria”, revela o mesmo, alertando ainda para as expectativas em torno do aparecimento imediato dos pneus verdes. Ele acredita que apesar dos desenvolvimentos notáveis nesta matéria, pode ainda demorar cerca de cinco anos a chegada aos mercados deste produto.

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