Conselhos NGK para manutenção de motores “diesel”


Data: 5 Maio, 2020

A NGK Spark Plug deixa aqui alguns conselhos às oficinas para uma correta manutenção dos aquecedores em motores a “diesel”.

 

Os veículos modernos a “diesel” continuam a ser populares em todo o mundo, já que “funcionam silenciosamente, são económicos e emitem baixas emissões”, explica a NGK Spark Plug. A sua potência e eficiência de combustível também se tornam numa opção ideal para frotas de veículos comerciais. Por conseguinte, os motores “diesel” continuam a ser “uma importante opção de pós-venda e uma área de investimento tecnológico para os fornecedores de aquecedores”.

Kai Wilschrei, gerente sénior de serviços técnicos pós-venda EMEA na NGK Spark Plug Europe explica: “Estes motores produzem níveis mais elevados de torque a rotação (RPM), em comparação com um motor a gasolina. Quanto mais torque motor, ou força de rotação, produz a cambota de um motor, maior a sua eficiência de trabalho. O binário e a economia de combustível também beneficiam os motores ‘diesel’ de camiões, autocarros e veículos todo-o-terreno, que necessitam de maiores níveis de potência de tração”.

Se o objetivo é reduzir o CO2, prossegue, “os motores ‘diesel’ ainda desempenham um papel importante na prossecução desses objetivos”. As emissões de NOx dos motores também são mais baixas do que nunca, pois muitos veículos “diesel” construídos nos últimos anos estão equipados com tecnologia de redução catalítica seletiva (SCR). “Isto injeta pequenas quantidades de AdBlue, uma solução líquida de ureia, nos gases de escape ‘diesel’, transformando 85% do NOx presente em vapor de água e azoto inofensivos”, adianta Wilschrei.

De facto, estudos independentes realizados pela associação alemã de automóveis ADAC sobre os últimos modelos “diesel” 6c e 6d TEMP de marcas como a Mercedes-Benz, Opel e BMW, revelaram que a maioria dos automóveis testados tinha emissões de NOx que estavam significativamente abaixo de 168 mg/km, atualmente permitido pelas normas Euro 6d-TEMP. Alguns chegaram a emitir menos NOx do que os seus equivalentes a gasolina. De acordo com o ADAC, descobriu-se mesmo que o Mercedes Classe C C220d emitia uma quantidade apenas mensurável de menos de 1 mg de NOx durante os testes na estrada.

Dicas para oficinas

A NGK apresenta três dicas para a manutenção de aquecedores, de forma a que possam funcionar em pleno durante todo o ano. Primeiro, há que procurar falhas através da verificação regular do correto funcionamento dos aquecedores. O uso de uma ferramenta de digitalização para ler códigos de anomalia pode ajudar, mas há ter em mente que os sistemas mais antigos não são monitorizados. Recomenda-se, portanto, a medição do funcionamento do aquecedor, nomeadamente, verificar a temperatura, a resistência interna do aquecedor ou o consumo de corrente.

A segunda dica passa pelo teste com pinças amperimétricas ao fluxo de corrente, verificando cada aquecedor individualmente. Com os sistemas mais novos, é obrigatório ativar o sistema de aquecimento com um equipamento de diagnóstico.

Finalmente, para garantir uma extração sem problemas, a empresa recomenda utilizar óleo sobre os aquecedores e, se possível, usar o automóvel normalmente durante alguns dias. A dilatação e contração da culatra e o calefator permitirão que o óleo penetre ao longo do aquecedor, facilitando a sua posterior extração. Isto evita a rutura por cisalhamento dos aquecedores. Utilize ainda uma chave dinamométrica que possa medir o binário de desaperto e não se esqueça de que o binário máximo de rutura não pode ser excedido, de forma a evitar o cisalhamento.

Com o motor à temperatura de funcionamento, tente afrouxar o aquecedor velho com cuidado e remova qualquer sujidade com ar comprimido; se ao afrouxar salta o “click” da dinamométrica, é um claro aviso de que esse aquecedor poderá romper-se, sendo então altura para informar o seu cliente que a reparação pode ser mais cara.

Caso tenha afrouxado, desenrosque-o e remova os depósitos de carvão do orifício do aquecedor com um escareador. Para instalar o novo aquecedor, enrosque-o à mão, depois ajuste a chave dinamométrica ao binário de aperto correto especificado na caixa dos aquecedores NGK. Conecte o terminal do cabo de alimentação e, se necessário, aperte a porca (M4) com o máximo cuidado para não partir a rosca, bastando para isso prender o cabo.

Pode consultar mais dicas aqui.

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