Ataque (sério) às partículas


Data: 11 Fevereiro, 2014

A velocidade a que os automóveis e a tecnologia evoluem é avassaladora. E se, em muitos dos componentes e peças do automóvel, as margens têm diminuído, graças à muita concorrência e à generalização da oferta das várias marcas (das originais às equivalentes e marcas brancas), vão sempre surgindo novas oportunidades. E agora são os componentes ligados ao ambiente que ganham terreno. O facto de serem componentes muito técnicos faz com que o seu preço seja elevado. É o caso dos filtros de partículas que não têm ainda tanto tempo de mercado para que estejam já numa fase madura e isso faz com que existam também muitos problemas relacionados com a sua utilização, o que resulta em mais visitas à oficina e serviços mais caros.

O natural delay do aftermarket em relação a novos componentes foi rapidamente ultrapassado e no trabalho especial que publicamos nesta edição mostramos várias alternativas antes da substituição, que passam também por prevenir antes de ter que remediar. Ainda assim, já existem alternativas às peças originais e, ainda que tenham preços mais simpáticos, continuam a ser componentes caros. Por isso, para as empresas que se lançam neste tipo de produtos é essencial que tenham formação. Todos sabemos que quanto mais um cliente tem que pagar por uma reparação, mais exigente é. Não é um tipo de serviço que resulte por tentativas.

O mercado é tão apetecível que surgem até opções de retirar o filtro de partículas, divulgadas abertamente na internet. É algo difícil de entender uma vez que são componentes obrigatórios nas especificações dos modelos que o têm, além de ser uma atitude eticamente difícil de defender, também por razões ambientais, onde as marcas (tanto OEM como aftermarket) gastam milhões em pesquisa e desenvolvimento. Não é difícil imaginar o que aconteceria se todos os carros mais modernos optassem por retirar (ou desconectar) o filtro de partículas. E isto vai continuar a acontecer até que os centros de inspeção estejam atentos e atuem sobre estes carros aos quais é retirado o filtro de partículas.

Como preferimos as boas práticas, damos destaque aos que as seguem num trabalho muito completo sobre todas as soluções no mercado, com a certeza de que este é um componente que representa uma boa oportunidade de negócio à medida que o parque se vá modernizando.

 

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