Destacando que a sua implementação tem por base a confusão entre as características dos produtos “simples” e “low-cost”, a Associação de Empresas Petrolíferas considera que estas alterações limitam a liberdade dos operadores e dos consumidores, reduz a longevidade e performance dos motores e pode aumentar as emissões poluentes
Depois da sua chegada em finais da última semana, os combustíveis simples vieram, de acordo com a Apetro, confundir ainda mais os clientes. Considerando que na base da obrigatoriedade dos postos apresentarem na sua oferta estes produtos “simples” está uma grande confusão entre esta designação e os low-cost que já anteriormente existiam, a Associação de Empresas Petrolíferas lançou várias críticas a esta medida.
Além de restringir as leis de livre oferta pela qual o mercado dos combustíveis se rege desde 2004, causando danos da imagem dos seus associados, a Apetro recorda também que Portugal é o único país da U.E. onde esta legislação está em vigor. Não só representa custos superiores para os proprietários dos postos de abastecimento como, fator verificado logo nos primeiros dias de comercialização, não levou a queda dos preços, já que os combustíveis simples estão a ser transacionados a valores superiores aos low-cost, com a associação representativa do setor a acusar mesmo que foram causadas expetativas erradas nos consumidores.
Partindo de duas questões principais (Será um passo em frente no sentido de permitir aos consumidores uma escolha mais ampla?; Irá incentivar um melhor funcionamento do mercado, através da concorrência acrescida?), a Apetro concluiu que a introdução dos combustíveis simples “representa um passo atrás em múltiplas frentes”. Desde logo a concorrência entre operadores sai prejudicada pela menor diferenciação entre os seus produtos, algo que, considera, também reduz a hipótese de escolha dos consumidores. Mas para a Apetro, este não será o único prejuízo, já que a redução da longevidade e performance dos motores, bem como um aumento das emissões, são situações que também devem resultar da introdução dos combustíveis simples.
Concluindo, a Apetro considera que “não havendo ganhadores, há alguns relevantes perdedores e prejuízos com a aplicação desta lei, e lamenta profundamente o retrocesso agora imposto”. Se quiser ler na integra a Folha de Opinião nº 55 da Apetro, relativa à introdução dos combustíveis simples, basta seguir este link.