Sistemas inteligentes para o futuro das motas

Texto: David Espanca
Data: 21 Maio, 2018

A Bosch está a levar a cabo novos projetos de investigação de forma a tornar as estradas mais seguras para os motociclistas, no que diz respeito a sistemas de assistência inteligentes e a pacotes de conetividade.

E será já em 2020 que esta tecnologia será utilizada nos fabricantes de motas KTM e Ducati. “A Bosch está a trazer a segurança do motociclismo para um nível totalmente novo,” adianta Dirk Hoheisel, membro do conselho de administração da Robert Bosch GmbH.

O sistema que está a ser desenvolvido irá permitir que a mota se mantenha na trajetória correta, através de um sensor que deteta a derrapagem lateral das rodas. Caso um determinado valor seja ultrapassado, é libertado gás de um acumulador semelhante àquele que é utilizado nos “airbags” dos carros de passageiros. O gás move-se para o adaptador do tanque e é ventilado numa determinada direção através de um pulverizador, mantendo a mota equilibrada.

Os resultados da pesquisa que a Bosch indicam que os sistemas de assistência por radar podem prevenir um em cada sete acidentes de mota, uma vez que estão constantemente vigilantes e, em situações de emergência, respondem mais rapidamente do que as pessoas. A tecnologia que sustenta estes sistemas é uma combinação de sensor e radar, sistema de travagem, gestão do motor e HMI (Human Machine Interface). “A mota do futuro deve ser capaz de ver e sentir,” revela Geoff Liersch, chefe da unidade de negócio Two-Wheeler e Powersports da Bosch.

Também a conetividade assume um papel importante na segurança deste tipo de veículos, ao permitir que as motas e os carros comuniquem entre si. Num raio de várias centenas de metros podem trocar informações sobre o tipo de veículo, velocidade, posição e direção da viagem, a uma velocidade de até dez vezes por segundo. Muito antes da mota surgir, a tecnologia avisa os condutores e os sensores do veículo que se está a aproximar uma mota.

Um outro sistema de assistência é o eCall, que deteta quando um condutor de mota está envolvido numa colisão, transmitindo automaticamente uma chamada de emergência e informando sobre o tipo de veículo e a sua localização. No caso do veículo ficar destruído, contacta de forma autónoma a oficina e envia os dados necessários.

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