Numa cerimónia realizada na fábrica do Tramagal saiu da linha de montagem a primeira unidade do camião elétrico da Fuso, o eCanter.
A primeira unidade do camião elétrico Fuso eCanter saiu da linha de montagem da fábrica da Mitsubishi Fuso Truck Europe do Tramagal, numa cerimónia oficial que contou com a presença do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, do ministro da Economia, Manuel Caldeira Cabral, da secretaria de Estado da Indústria, Ana Teresa Lehmann, do presidente da Mitsubishi Truck & Bus Corporation, Marc Listosella, do presidente da Mitsubishi Fuso Truck Europe, Jorge Rosa, entre outras individualidades.
A fábrica do Tramagal irá assegurar a produção em série do Fuso eCanter para todo o hemisfério ocidental, garantiu o presidente da Mitsubishi Fuso Truck & Bus Corporation, adiantando que a Daimler Trucks é pioneira no fabrico de camiões elétricos, os quais irão desempenhar “um papel importante na distribuição urbana do futuro”. Para Marc Listosella, “o ecossistema elétrico terá de ser criado em parceria com clientes e autarquias”.
Por sua vez, o presidente da Mitsubishi Fuso Truck Europe salientou que a fábrica do Tramagal é a segunda em todo o mundo a produzir camiões elétricos em série (a primeira é a de Kawasaki no Japão, onde se localiza a sede da Fuso), graças ao investimento de 27 milhões de euros efetuado pela Daimler naquela unidade fabril. “Isto representa um compromisso para a continuidade desta unidade no futuro”, afirma Jorge Rosa.
O Fuso eCanter oferece uma autonomia superior a 100 quilómetros com um único carregamento, podendo a bateria voltar a ser recarregada em apenas uma hora com recurso a um posto de carga rápido. A capacidade de carga útil deste camião ligeiro é de 3,0 toneladas.
Na sua intervenção, o Presidente da República afirmou que a “mudança climática” é uma “realidade” e um “desafio para o futuro” que tem de ser enfrentado, adiantando que os camiões elétricos fazem parte dessa solução, manifestando ainda o seu “orgulho pelo que foi feito aqui e no Japão” com o eCanter. “Isso significa que finalmente se está a começar a resolver o problema”, sublinhou Marcelo Rebelo de Sousa. “Isto é o futuro. Tanto pode chegar daqui a cinco ou dez anos, mas é o futuro”, acrescentou.